Deu preguiça de escrever sobre a primeira brassagem, então vai um pouco atrasado!
Domingo foi a primeira tentativa e o resultado foi muito mais Super Mario Bros do que Mestre Cuca, ou seja: arrasta, levanta, corta, prega e tudo mais que ficou por conta do engenheiro do grupo, e não da jornalista, porque... né? Das próximas vezes deve ser tudo mais fácil, porque nós já fizemos a parte de montagem do circo. O maior problema vai continuar sendo o fogo, enquanto a gente não conseguir um gás com mais "vontade" ou dar um jeito naquele fogareiro que demora até para fazer café! Mas, entre mortos e feridos, salvaram-se 17 litros de cerveja, que tem cara de cerveja e cheiro de cerveja, então tá tudo bem, né? (o gosto de cerveja só daqui a um mês...)
Fizemos uma Golden Ale, com aveia e, depois que a gente entrou em (quase) acordo com o fogareiro, foi a hora de colocar os grãos na água, que, claro, já estavam todos moídos desde o dia anterior.
No gráfico lindão que eu fiz dá para ver direitinho que o fogo não entrou tanto de acordo com a gente. Era para termos feito uma parada proteica em 53º C, porque a receita continha aveia em flocos, mas quem disse que a gente conseguiu abaixar a temperatura? Passamos 20 minutos com o fogão DESLIGADO, e a temperatura continuava sendo de 57ºC. Juro! Então o nosso descanso proteico foi quentinho. Aposto como as proteínas vão adorar. É o que tem pra hoje.
O mosto começou a ficar com cheirinho de pão e a gente já estava de olho no pãozinho integral que ia virar o resto daquele malte todo! O pior continuou sendo controlar aquela temperatura no fogo do cão!
A etapa seguinte foi a lavagem do mosto, até ele ficar com "gosto de nada" e cuidando para não ser "cervejeiro muquirana" que tenta dar uma apertadinha no mosto pra ver se sai mais. Juro que me controlei. A nossa colher de silicone parecia mais um remo de caiaque, mexia a panela toda de uma vez. O dia que o apocalipse chegar e os mares subirem, eu fico com a colher da brassagem. Detalhe: esse era o menor modelo, imagina o grande.
Dessa panela de baixo a cerveja foi para a fervura, com muuuuuuuuita preguiça. A temperatura não chegava a 100ºC por nada nesse mundo, e a gente pensou em mil maneiras: desde dividir em duas panelas para ver se fervia mais rápido até encher o forno a lenha de madeira e fazer "smoked beer". Acabamos colocando o fogareiro para dentro da área de serviço (do outro lado dessa parede) para quebrar o vento. Funcionou razoavelmente. Pelo menos ferveu!
Na hora do resfriamento, depois da fervura, o nosso chiller passava por um balde cheio de gelo antes de de passar pela panela. O chiller funcionou super bem, já a mangueira... começou a querer derreter quando colocamos para ferver junto com o mosto, para esterilizar, e a gente tirou de lá rapidinho.
Durante o resfriamento ela aguentou bem. Me esqueci do
whirlpool, mas parece que deu tudo certo, porque deixamos a panela quietinha e a cerveja ficou bem limpa. Olha só que bonitinha a nossa Garten Bier saindo direto da panela:
O próximo parto foi esperar a cerveja baixar a temperatura até 24ºC para colocar as leveduras. A temperatura não queria ficar menor que 28ºC (mais de uma hora depois de sair do fogo, pessoal! É a energia espontânea!) e ela foi para a geladeira até conseguirmos colocar a levedura sem matar os bichinhos.
O nosso termostato estava variando demais (entre 16ºC e 20ºC), e o Giuliano, da Toskah, ajudou: o que funcionou foi colocar a geladeira no máximo (e não no mínimo, igual tínhamos feito) e configurar o termostato para 18ºC com 0,5ºC de tolerância. Agora a geladeira está bonitona!
E, no mesmo dia da brassagem, levei logo um saquinho de mosto lá para baixo e mamãe providenciou um pão integral 'diliça'! Ficou ótimo e a nossa cerveja (de 20l), rendeu uns oito sacos grandes de mosto. É pão pra muita gente!
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"É hora do lanche, que hora mais feliz!" |
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